Lançamento do livro Quando o Diabo Reza, de Mário de Carvalho
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
“O Bom Inverno” – João Tordo
“O Bom Inverno” – João Tordo
Bem escrito, com uma boa selecção de vocabulário, bem estruturado e desenvolvido,O Bom Inverno é um excelente romance negro que, apesar do seu estilo clássico, não deixa de surpreender o leitor. Este é, igualmente, um livro sobre escritores e o processo de escrita e aqui por certo as vivências pessoais de Tordo não terão sido esquecidas na hora de “montar” uma série de personagens fascinantes.
O enredo avança lenta mas progressivamente para o abismo. Tudo começa numa reunião de escritores na Hungria, onde um depressivo autor português trava conhecimento com um estouvado italiano, e acaba num denso bosque italiano, onde não faltam cadáveres, carreiros sem saída, desconfianças, traições, vinganças, dolorosas revelações e estranhas formas de justiça.
O escritor português, um frustrado que faz do Dr. House uma referência (coxeia como ele, mas sem motivos para o fazer – é tudo psicológico), aceita, contrariado, participar num encontro literário em Budapeste – o dinheiro pago pela presença faz-lhe jeito, dada a escassa produção literária que tem tido. Na Hungria trava conhecimento com o extrovertido e inconsequente Vicenzo, que, apesar de ser o oposto do português, o convence a ir a Sabaudia, à casa de um produtor de cinema conhecido por apoiar artistas. Lá em Sabaudia, onde se reúne um grupo internacional de artistas e “penduras” (cada um mais estranho e louco do que o outro), quando o tal produtor, Don Metzger, aparece, já está morto, e logo no lago de sua casa.
Em O Bom Inverno há um bom leque de personagens cativantes e imprevisíveis, um leque onde podemos incluir a própria casa de Don, “personagem” fundamental para o desenrolar da história. Fundamental, também, é Bosco, um artista catalão – careca, fisicamente enorme e assustador – protegido por Don que se dedica a construir e lançar balões de ar quente e que carrega um passado pouco habitual para alguém ligado às artes, pois passou por diversos cenários de guerra e morte. É Bosco quem quer – à força (e não é pouca) – justiça, uma forma de vingar o seu protector, que, achava ele, já antes era “sugado” pelos seus convidados/protegidos. Para tal, não deixa ninguém sair de lá e, criando um ambiente terrível entre as personagens, pretende descobrir, escondendo-se no bosque, o culpado. O ambiente claustrofóbico que se gera puxa pelo lado mais negro e deprimente das pessoas envolvidas, não permitindo a ninguém afirmar-se e mostrar-se totalmente inocente.
É, portanto, um livro de muitas personagens, muito diferentes entre si, como se o próprio autor as quisesse descobrir, ver como se comportavam em condições extremas. Para o leitor tanto melhor, pois também tem a possibilidade acompanhar o desenvolvimento dessas personagens. E, avisa-se desde já, não vale a pena nutrir simpatia por nenhuma em especial, todas hão-de revelar os seus podres.
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terça-feira, 25 de outubro de 2011
Alice Vieira - Os Profetas
Alice Vieira escreve o primeiro romance não juvenil
"No ano de 1533 viviam na ilha de Porto Santo um homem chamado Fernão Nunes e uma sobrinha sua, Filipa Nunes. Dizendo-se inspirados pelo Espírito Santo, tio e sobrinha declararam-se profetas. A heresia não podia ser tolerada, e ao fim de dezoito dias os hereges foram presos, sendo levados para a vila de Machico e depois enviados para Évora."
Este é o princípio de “Os Profetas” o primeiro romance não juvenil de Alice Vieirra que chega aos escaparates das livrarias pela editorial Caminho.
Trata-se de um romance histórico, que recria a vida na Lisboa quinhentista, com as angústias e os temores que ensombravam uma cidade bela e cosmopolita sobre a qual se adensavam as nuvens da Inquisição e do desastre nacional.
Alice Vieira é fiel à História não escamoteando as suas simpatias e as suas discordâncias e oferecendo-nos um relato emocionante de factos verídicos.
Alice Vieira nasceu em 1943 em Lisboa. É licenciada em Filologia Germânica pela Faculdade de Colaborou com o suplemento «Juvenil» do Diário de Lisboa e a partir de 1969 dedicou-se ao jornalismo profissional.
Desde 1979 que publica regularmente tendo-se dedicado sobretudo à literatura juvenil.
Recebeu em 1979 o Prémio de Literatura Infantil Ano Internacional da Criança com Rosa, Minha Irmã Rosa; em 1983, com Este Rei que Eu Escolhi, o Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura Infantil; e em 1994 o Grande Prémio Gulbenkian, pelo conjunto da sua obra.
"No ano de 1533 viviam na ilha de Porto Santo um homem chamado Fernão Nunes e uma sobrinha sua, Filipa Nunes. Dizendo-se inspirados pelo Espírito Santo, tio e sobrinha declararam-se profetas. A heresia não podia ser tolerada, e ao fim de dezoito dias os hereges foram presos, sendo levados para a vila de Machico e depois enviados para Évora."
Este é o princípio de “Os Profetas” o primeiro romance não juvenil de Alice Vieirra que chega aos escaparates das livrarias pela editorial Caminho.
Trata-se de um romance histórico, que recria a vida na Lisboa quinhentista, com as angústias e os temores que ensombravam uma cidade bela e cosmopolita sobre a qual se adensavam as nuvens da Inquisição e do desastre nacional.
Alice Vieira é fiel à História não escamoteando as suas simpatias e as suas discordâncias e oferecendo-nos um relato emocionante de factos verídicos.
Alice Vieira nasceu em 1943 em Lisboa. É licenciada em Filologia Germânica pela Faculdade de Colaborou com o suplemento «Juvenil» do Diário de Lisboa e a partir de 1969 dedicou-se ao jornalismo profissional.
Desde 1979 que publica regularmente tendo-se dedicado sobretudo à literatura juvenil.
Recebeu em 1979 o Prémio de Literatura Infantil Ano Internacional da Criança com Rosa, Minha Irmã Rosa; em 1983, com Este Rei que Eu Escolhi, o Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura Infantil; e em 1994 o Grande Prémio Gulbenkian, pelo conjunto da sua obra.
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domingo, 16 de outubro de 2011
CLARABÓIA de José Saramago
A ação do romance localiza-se em Lisboa em meados do século XX. Num prédio existente numa zona popular não identificada de Lisboa vivem seis famílias: um sapateiro com a respetiva mulher e um caixeiro-viajante casado com uma galega e o respetivo filho – nos dois apartamentos do rés do chão; um empregado da tipografia de um jornal e a respetiva mulher e uma “mulher por conta” no 1º andar; uma família de quatro mulheres (duas irmãs e as duas filhas de uma delas) e, em frente, no 2º andar, um empregado de escritório a mulher e a respetiva filha no início da idade adulta.
O romance começa com uma conversa matinal entre o sapateiro do rés do chão, Silvestre, e a mulher, Mariana, sobre se lhes seria conveniente e útil alugar um quarto que têm livre para daí obter algum rendimento. A conversa decorre, o dia vai nascendo, a vida no prédio recomeça e o romance avança revelando ao leitor as vidas daquelas seis famílias da pequena burguesia lisboeta: os seus dramas pessoais e familiares, a estreiteza das suas vidas, as suas frustrações e pequenas misérias, materiais e morais.
O quarto do sapateiro acaba alugado a Abel Nogueira, personagem para o qual Saramago transpõe o seu debate – debate que 30 anos depois viria a ser o tema central do romance O Ano da Morte de Ricardo Reis – com Fernando Pessoa: Podemos manter-nos alheios ao mundo que nos rodeia? Não teremos o dever de intervir no mundo porque somos dele parte integrante?
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Prémio Nobel
terça-feira, 11 de outubro de 2011
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Cinema à 3ª
Começa já no dia 11 de Outubro, pelas 13:30, no Auditório o projecto Cinema à 3ª com o filme NADA A DECLARAR (RIEN À DÉCLARER).
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Cinema
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Dia do Diploma - 30 de Setembro
Diplomas de Mérito - 12º Ano
Curso de Ciências e Tecnologia
Curso Ciências Sócio-Económicas
Curso de Artes Visuais
Curso de Línguas e Humanidades
Curso Prof. de Design
Curso Prof. Técnico de Gestão
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